A internet ajudou (ou forçou?) as empresas a atenderem melhor

Veja por que as empresas passaram a atender melhor pelos meios online. Acompanhe os dados sobre comportamento de compra na internet e outros pontos.

Protesto nas redes sociais online, compras coletivas, recomendações (social commerce), curtir fanpages, seguir e tuitar conteúdo de empresas e muitas outras ações são realidades cada vez mais presentes para os consumidores de todo o mundo. O que isso muda no comportamento online das empresas?

A afirmação do título deste post não deve ser motivo de comemoração e muitos não concordam com ela. Mas acredito que, de modo geral, o atendimento das empresas tem melhorado sensivelmente com o advento das redes sociais online.

A preocupação com protestos, reclamações, solicitações, pedidos, críticas e toda sorte de publicação que podem afetar uma marca é tão grande que as empresas têm sido levadas a considerar muito mais qualquer menção na internet, cenário bem diferente de três ou quatro anos atrás.

Não é para menos; segundo o Ibope Nielsen Online, o número de pessoas com acesso à internet atingiu 73,9 milhões no último trimestre de 2010. O Instituto aponta que o internauta brasileiro passa mais de 60h/mês navegando na internet em busca de entretenimento e informação e que 54% acessam as redes sociais mais de uma vez por dia.

Com uma demografia tão grande na internet, é natural que as empresas passem a considerar o atendimento online como prioridade.

Por telefone, é o consumidor e uma central de atendimento, na maioria das vezes programada, robotizada. Ou quando fala com um atendente, não tem seu problema resolvido, porque é apenas mais um na fila de espera virtual, quando o consumidor tem sua questão adiada, enquanto a empresa cuida de interesses “mais importantes”.

No atendimento presencial, o cliente passa pelos mesmos aborrecimentos ou até maiores.

Com essa mudança de cenário, com consumidores cada vez mais presentes e ativos na internet, as empresas veem que não há outra saída senão montar departamentos específicos para atender pedidos, averiguar e resolver reclamações, monitorar todo tipo de menções, especialmente as negativas, montar estratégias para prevenir e gerenciar crises e muito mais.

Não raro, o consumidor busca o meio online para protestar e reclamar porque é a última saída que vê. Mas essa realidade vem mudando dramaticamente; agora muitos consumidores recorrem diretamente ao mundo online para propagar e distribuir a reclamação nas redes a que têm acesso, pois sabem que seus iguais vão se solidarizar, endossar e multiplicar a mensagem, com muito mais chances de serem ouvidos e terem seus problemas resolvidos.

Procons virtuais e mais chances de resolução

Hoje, as equipes de atendimento online são os procons ou juizados de ontem. Os próprios sites específicos de reclamações, como o Reclame Aqui, passaram a funcionar também como um Procon virtual, para os quais a maioria das empresas acaba dando explicações, considerações e soluções para as queixas lá apresentadas pelos consumidores.

Dados recentes do ComScore apontam que cerca de 58% dos que fazem compras online iniciam sua decisão nos mecanismos de busca, 24% nos sites das empresas e 18% nas redes sociais. Já 40% dos internautas que usam os mecanismos de busca no processo de decisão de compra também utilizam as redes para confirmar a opinião, e 46% dos internautas que usam as redes sociais depois complementam informações nos buscadores antes de decidir.

Só vejo uma saída para as empresas que não querem perder clientes e que esperam manter e expandir seus negócios: voltar seus olhares mais atentos para a internet, especialmente para as redes sociais. O diálogo com os clientes também pelos meios online agora pode ser decisivo.

As mídias sociais definitivamente democratizaram a influência das pessoas – físicas e jurídicas.

[Dr. Conteúdo]

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Newton Alexandria
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Oi! Eu sou o Newton Alexandria. Uni minha formação em Marketing e a experiência com Comunicação e escrita e fundei a Dr. Conteúdo. Hoje, escrevo minha vida e outras histórias... Gosto de gente, de cachorros, de viagens e de uma boa MPB. Fique à vontade para me escrever: new@drconteudo.com.br.
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  • http://www.blogrelacoes.com.br Pedro Prochno

    Newton,

    concordo com vc que o atendimento melhorou pois NENHUMA empresa o fazia on-line e agora algumas poucas fazem. Porém, se pegarmos o universo de empresas que atuam on-line e se propõe a atender por este meio, a quantidade delas que tem um péssimo atendimento é GIGANTE.

    Eu sou otimista, acho que é um processo de aprendizado, de amadurecimento e por aí vai, mas que a coisa está BEM no começo e bem ruim isto é #fato ;-)

    Abraços

    Pedro Prochno
    @prochno http://www.blogrelacoes.com.br

    • http://drconteudo.com.br/ Dr. Conteúdo

      Sim, Pedro, o contingente de empresas que direcionam esforços para atendimento online tem aumentado a cada dia, e mais agora que a presença da população na internet é cada vez maior, logo não tem como elas fazerem vista grossa para essa realidade. É bem verdade também que a maioria ainda pisa em ovos, dá os primeiros passos e tenta organizar suas operações por esse meio, razão que contribui para o péssimo atendimento gigante que você cita.

      Eu mesmo já tive dois casos, que depois de reclamar nas mídias sociais fui atendido. Há que sinalizar que ambas as empresas eram de porte nacional, instituições financeiras, com uma estrutura maior e com maior poder de investimento. Mas mesmo as pequenas podem investir e atender bem por esse meio; organização e responsabilidade no trato com os consumidores são pontos-chaves para serem bem-sucedidas, também.

      Um abraço e obrigado por deixar tua opinião! ;)

      Newton Alexandria

  • Joel

    Realmente o Reclame aqui já é monitorada na empresa em que atuo, além das demais redes sociais.

    Se as pessoas tem a opção de comprar pela internet, elas tem total liberar para reclamar por ela. O grande desafio é acompanhar a demanda de solicitações e estruturar uma equipe que saiba administrar isso.

    Abs,
    Joel
    @joel_antunes

    • http://drconteudo.com.br/ Dr. Conteúdo

      Verdade, Joel, o grande desafio está em estruturar e alinhar a equipe e suportar a demanda, a depender também do porte e do alcance da empresa.

      Obrigado por acrescentar!

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